quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que o Alckmin fez pela Cultura - parte 2

Para quem acha que acabou a saga do desmonte que o governo tucano e a gestão do Alckmin, dêem uma olhada nessa continuação.

1. Investimentos SÓ nos grandes municípios e na região metropolitana da capital

O Estado transferiu a responsabilidade das ações culturais para os municípios, na medida em que o Estado foi perdendo a iniciativa cultural e abrindo mão de políticas públicas em detrimento das leis de incentivo. No entanto, em todos os orçamentos, o Governo do Estado não ofereceu o mínimo suporte financeiro para o desenvolvimento cultural nos municípios.

Como exemplo, o apoio cultural aos municípios, que no governo Alckmin, além dos pífios recursos, foram diminuindo ano após ano, até a sua exclusão no orçamento de 2007 e definitivamente sepultada no orçamento da administração Serra em 2008.

É evidente que o acesso aos bens culturais é um importante instrumento na formação da consciência crítica do cidadão. Isso, sem perder de vista o descaso para com o fomento ao sistema de produção cultural, considerando que a produção artística além de um importante segmento do sistema produtivo no Estado de São Paulo é responsável pela geração de renda e empregos.

A grande concentração de obras de restauro e revitalização está na capital, como o Teatro São Pedro, o Memorial do Imigrante, a Pinacoteca do Estado, a Estação Júlio Prestes e outros. Evidente a importância desses espaços - cabe lembrar que a ONG que administra a OSESP por exemplo tem como seu presidente o ex presidente FHC - mas também é evidente que não há apoio para outros museus e políticas que possam facilitar ou impulsionar o andamento dessas atividades em cidades do interior.

Em resumo, esse cenário manifestou a irregularidade das ações, a inorganicidade da estrutura montada, à invisibilidade da Secretaria, sobretudo o interior do Estado e na periferia da região metropolitana. Acrescente-se a incomunicabilidade com os diversos atores sociais, a irresponsabilidade com as tradições e a dinâmica da cultura paulista, assim como a ausência de programas culturais inseridos nos planos pedagógicos das escolas da rede estadual de ensino.

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